A vereadora Marielle Franco. Professora de SC afirmou que o presidente teria envolvimento no caso
A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram executados em 2018.| Foto: Divulgação/Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro

Duas promotoras do caso Marielle deixaram a investigação depois de a viúva do miliciano Adriano da Nóbrega ter iniciado as tratativas para um acordo de delação premiada. As informações são do jornal O Globo. Segundo a reportagem, publicada neste sábado, a saída das promotoras Simone Sibílio e Leticia Emile, que estavam à frente do caso desde 2018, será oficializada na segunda-feira (12).

A viúva de Adriano, Júlia Lotufo, assinou um termo de colaboração há cerca de um mês, prometendo fornecer informações sobre o caso Marielle e outros crimes não solucionados. O acordo ainda não foi homologado, mas as promotoras temem que ele represente interferências externas na investigação. A delação foi intermediada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro junto ao procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Luciano Mattos. O caso, entretanto, foi repassado ao promotor que atua na 1ª Vara Especializada Criminal, que não tem familiaridade com o caso.

As duas promotoras que deixaram o caso foram responsáveis pela prisão dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, apontados como os executores do crime. Os mandantes do assassinato, entretanto, ainda não foram identificados.