Em concurso para o Itamaraty, corretores tiveram acesso à identidade dos candidatos
| Foto: Gustavo Ferreira/AIG-MRE

Os corretores das provas da segunda fase do concurso para diplomata, organizado pelo Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades), contratado pelo Itamaraty, tiveram acesso à identidade dos candidatos, já que os exames continham os respectivos números de inscrição. Procurado pela Gazeta do Povo, o Itamaraty sustentou que o procedimento era seguro, apesar de ir contra o edital, que dispõe, no item 14.5.1, que as provas não poderiam ser identificadas.

Mesmo assim, o Itamaraty afirmou, em nota, que o procedimento adotado é seguro, já que todas as provas são corrigidas por pelo menos três examinadores, que atuam de forma independente. Ao responder à Gazeta do Povo, o Ministério das Relações Exteriores citou ainda concurso similar organizado pelo Iades, para vagas na Assembleia Legislativa de Goiás, em que os candidatos também haviam sido identificados. Nesse caso, após abertura de inquérito civil público, o Ministério Público considerou o certame legítimo.

Mesmo assim, como a prova fere o edital, ela estará sujeita a questionamentos na Justiça.