O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.| Foto: Alexandre Mazzo/Arquivo/Gazeta do Povo

O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), homologou a delação premiada do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral, que está preso desde novembro de 2016. Após ter sido rejeitado pelo Ministério Público Federal (MPF) do RJ, o acordo de Cabral foi fechado junto à Polícia Federal no fim de 2019. O teor da colaboração permanece em sigilo, mas se sabe que há, por exemplo, citação a juízes. Está prevista também a devolução de R$ 380 milhões pelo ex-governador, que comandou o Executivo fluminense entre 2007 e 2014. Fachin homologou o acordo mesmo após parecer contrário da Procuradoria-Geral da República. Com a decisão, assinada nesta quarta-feira (5), os depoimentos de Cabral adquirem validade jurídica. Agora, os anexos da delação seguem para o MPF, que deve analisar as linhas de investigação. Cabral acumula, até o momento, 13 condenações no âmbito da Lava Jato do Rio de Janeiro. Somadas, as penas superam os 280 anos. Ele responde ainda a mais de 30 processos criminais ligados a casos de corrupção durante o seu governo.