Pesquisador da Fiocruz é preso
Pesquisador foi preso em operação da Lava Jato| Foto: Ricardo Valverde/Agência Fiocruz de Notícias

A Fiocruz abriu procedimento interno para apurar as circunstâncias que teriam levado à prisão do médico e pesquisador da instituição Guilherme Franco Netto na manhã desta quinta-feira (6), em Petrópolis, na região serrana do Rio. O pesquisador foi preso em ação da Operação Dardanários, desdobramento da Lava Jato no Rio, que investiga desvios de recursos na área da saúde. Netto é acusado de ser o contato na Fiocruz de um esquema de direcionamento de contratos. A prisão do pesquisador causou surpresa na Fiocruz, já que Netto é um quadro muito respeitado da instituição, responsável por pesquisas importantes sobre o impacto das manchas de óleo no litoral do Nordeste no ano passado e sobre o rompimento da barragem da mineradora Vale, em Brumadinho. Ele assina diversos textos sobre saúde coletiva em parceria com a atual presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, e é considerado referência em temas de saúde e meio ambiente. Em nota, a Fiocruz destacou que "é rigorosa em seus mecanismos de controle e transparência inerentes ao sistema de integridade pública" e que "defende o princípio constitucional de presunção de inocência, tem convicção de que os fatos serão devidamente esclarecidos e está dando todo apoio necessário ao seu servidor, em contato direto com a família".