A Fiocruz deve iniciar nesta semana a fase 3 de um estudo multicêntrico internacional com o medicamento com o objetivo de verificar sua eficiência para evitar a propagação e transmissão da Covid-19.
A Fiocruz deve iniciar nesta semana a fase 3 de um estudo multicêntrico internacional com o medicamento com o objetivo de verificar sua eficiência para evitar a propagação e transmissão da Covid-19.| Foto: MSD/Divulgação

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) negocia a produção da pílula antiviral da farmacêutica multinacional Merck Sharp and Dohme (MSD) em território nacional para distribuição gratuita pelo SUS. Estudos preliminares mostram que o medicamento contra a Covid-19 reduz em 50% o risco de hospitalizações e mortes nas pessoas contaminadas pelo coronavírus e demonstrou eficácia também no combate às principais variantes.

As duas instituições ainda discutem os termos da negociação e aguardam uma estimativa do ministério da Saúde para saber qual a demanda do medicamento no Sistema Único de Saúde. Segundo a MSD, a empresa está em negociações avançadas com órgãos técnicos governamentais competentes para colaboração tecnológica com o objetivo de definir a melhor forma de acesso à população, mas ainda depende de aprovação regulatória. A submissão à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) será solicitada em breve, segundo a empresa.

A Fiocruz deve iniciar nesta semana a fase 3 de um estudo multicêntrico internacional com o medicamento com o objetivo de verificar sua eficiência para evitar a propagação e transmissão da Covid-19. A etapa 3 tem duração de seis meses. A pesquisa ocorrerá de forma simultânea em sete centros no Brasil, sendo dois sob responsabilidade da Fiocruz, no Mato Grosso do Sul e no Rio de Janeiro. O estudo acontecerá também no Amazonas, Rio Grande do Sul e São Paulo. O tratamento com o medicamento consiste no uso, por via oral, duas vezes ao dia, durante cinco dias consecutivos.