Ocupação do MST em fazenda de cultivo de eucalipto da produtora de celulose Suzano
Ocupação do MST em fazenda de cultivo de eucalipto da produtora de celulose Suzano| Foto: Divulgação/MST

Sem um acordo firmado entre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a empresa Suzano, produtora de papel e celulose, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, anunciou nesta quarta-feira (8), que eles devem voltar a se reunir em uma mesa de negociação para retomar o diálogo. O ministro tenta recuperar um acordo feito em 2015, entre MST e Suzano, para chegar a um consenso sobre a destinação de terras da empresa no sul da Bahia. Na época, a justiça determinou que a Suzano indicasse terrenos para cerca de 450 famílias do MST.

O primeiro encontro da mesa de negociação está previsto para o dia 16 de março. Segundo o ministro Paulo Teixeira, a Suzano reconhece as obrigações assumidas no acordo e agora vai avaliar os meios de executá-las. A multinacional, no entanto, alega que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ainda não realizou as demarcações necessárias na região.

A empresa Suzano Papel e Celulose informou, nesta terça-feira (7), que o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) deixou todas as propriedades no sul da Bahia que havia invadido na semana passada. Segundo a fabricante, as áreas nos municípios de Mucuri, Teixeira de Freitas e Caravelas foram liberadas e a companhia agora faz uma apuração dos prejuízos causados pelos MST.