Tratamento precoce: Justiça do RS mantém proibição da oferta de medicamentos
Segundo a entidade, as operadoras contrariam as recomendações de órgãos nacionais e internacionais e pressionam médicos a aplicarem o chamado tratamento precoce.| Foto: Reuters

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) notificou extrajudicialmente as empresas Hapvida e a Prevent Senior pela imposição no uso da cloroquina e outros medicamentos contra a Covid-19. Segundo a entidade, as operadoras contrariam as recomendações de órgãos nacionais e internacionais e pressionam médicos a aplicarem o chamado tratamento precoce, colocando em risco a saúde e a segurança dos consumidores.

A entidade apresenta indícios de que a Hapvida estaria pressionando médicos a prescreverem esses produtos em pelo menos quatro Estados - Goiás, Pernambuco, Pará e Ceará. Neste último, a empresa recebeu uma multa de R$ 468 mil por parte do Ministério Público por impor a prescrição de cloroquina e hidroxicloroquina. As empresas têm 15 dias corridos para responder à notificação.

Em nota, a Prevent Senior informou que não recomenda o uso de nenhuma droga ou tratamento. "Os médicos têm total autonomia para adotar ou prescrever terapias ou medicamentos que julguem os mais adequados para cada paciente, levando-se em conta o histórico médico individual. Este acompanhamento é facilitado porque o histórico clínico de todos os mais de 530 mil beneficiários é registrado digitalmente o que garante segurança à conduta dos médicos. Um ponto importante: os indicadores de letalidade entre os pacientes de Covid atendidos pela Prevent estão abaixo das médias registradas tanto no País quanto no Estado de São Paulo", disse a operadora.