Joesley Batista
Joesley Batista em sessão da CPMI da JBS, em novembro de 2017| Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Depois de três anos afastado por determinação judicial, o empresário Joesley Batista já pode voltar a trabalhar nas empresas do grupo J&F - entre elas, o frigorífico JBS, o banco Original e a Eldorado Celulose. Nesta terça-feira (26), a 6ª turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) liberou por unanimidade o empresário para funções executivas nas empresas do grupo. De acordo com o relator, ministro Rogerio Schietti, a decisão está embasada em três fatos principais: cumprimento de regras de compliance, colaboração e acordo de leniência no valor de R$ 10,3 bilhões, "que convenhamos, não é uma meta fácil de atingir e exige, portanto, um empenho máximo das empresas para produzir esse capital", afirmou. Desde 2017, Joesley havia sido proibido de atuar nas companhias por medida cautelar. Em março de 2017, o empresário foi alvo de um escândalo envolvendo o então presidente Michel Temer (PMDB), após gravar uma conversa privada no Palácio do Jaburu. Divulgado dois meses depois, o áudio de 39 minutos mudou articulações do Governo Federal e tornou Temer o primeiro presidente investigado durante o exercício do mandato.