O ex-diretor da Petrobras, Renato Duque
O ex-diretor da Petrobras, Renato Duque| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A juíza Carolina Lebbos, da 12.ª Vara (Execuções Penais) de Curitiba, negou pedido de progressão de pena para o semiaberto do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, solicitada pela defesa em decorrência de sua "colaboração unilateral espontânea" para com as investigações. Apesar de não ser delator, Duque chegou a confessar crimes, que envolveram suposta operação de propinas ao PT. A decisão foi dada no âmbito de três dos cinco processos que tramitam no juízo em questão, ações nas quais o empresário teve prisões preventivas decretadas. Na decisão, Lebbos escreveu que "a postura do executado [...] em nada serviu ao deslinde dos feitos". A juíza também unificou as penas imputadas a Duque nos três processos, totalizando 67 anos de reclusão e 1.538 dias-multa. Ao todo, Duque responde a 16 ações penais, sendo condenado em oito delas, somando penas de mais de 120 anos. Detido desde fevereiro de 2015, ele foi um dos primeiros alvos de alto escalão da Petrobras na Operação Lava Jato.