pauta identitária
Caso do tríplex Guarujá envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi arquivado.| Foto: Juan Ignacio Roncoroni/EFE

A juíza da 12ª Vara Federal Criminal de Brasília, Pollyanna Alves, determinou o arquivamento do ação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do tríplex do Guarujá. O pedido para arquivar o processo partiu da Procuradoria da República no Distrito Federal, que apontou a prescrição dos supostos crimes cometidos pelo petista apontados pela Operação Lava Jato.

No pedido de arquivamento, a Procuradoria argumenta que a idade do petista, que atualmente tem 76 anos, impossibilitaria qualquer tipo de condenação até o fim do processo. A decisão foi proferida na quinta-feira (27).

Em abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) havia declarado a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro para julgar o caso do tríplex. A Corte anulou a condenação de Lula e encaminhou a investigação para a Justiça Federal em Brasília. O processo deveria começar do zero, sem as provas colhidas pela Lava Jato de Curitiba. Na decisão de agora, a juíza reconheceu a prescrição do caso.

Lula comentou a decisão em entrevista à Rádio Liberal de Belém. "Estou feliz porque acabei de saber da notícia que a Justiça arquivou o processo do tríplex. A mentira contada pelos meus algozes… Vou evitar citar o nome [deles], porque cada vez que cito, ficam aproveitando para fazer disputa. Sempre acreditei que a verdade viria à tona", disse o ex-presidente.

"Estou numa posição de muita tranquilidade vendo a verdade aparecendo a cada dia. Quem era herói está virando bandido e quem era bandido está virando herói", ressaltou. Os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins, responsáveis pela defesa do ex-presidente, divulgaram nota logo após a publicação da determinação da Justiça.

"O encerramento definitivo do caso do tríplex pela Justiça reforça que ele serviu apenas para que alguns membros do Sistema de Justiça praticassem lawfare contra Lula, vale dizer, para que fizessem uso estratégico e perverso das leis para perseguir judicialmente o ex-presidente com objetivos políticos. Um caso sem nenhuma materialidade nem acusação concreta, e apenas com provas de inocência do ex-presidente", disse a defesa do petista.