Procurador-geral Augusto Aras tem feito críticas à atuação da força-tarefa da Lava Jato.
Procurador-geral da República, Augusto Aras.| Foto: Roberto Jayme/TSE

A Justiça Federal rejeitou a queixa-crime apresentada pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, contra Conrado Hübner Mendes, professor da Universidade de São Paulo (USP) e colunista do jornal Folha de S. Paulo. Aras foi citado na coluna "Aras é a antessala de Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional" e nas redes sociais pelo professor.

No texto, Mendes afirmou que o PGR "não economiza no engavetamento de investigações criminais" de aliados e membros do governo. Já nas redes sociais, ele chamou Aras de "Poste Geral da República" e "servo do presidente". O PGR pedia que Mendes fosse condenado pelos crimes de calúnia, injúria e difamação.

A juíza federal Pollyanna Kelly Maciel Medeiros Martins Alves considerou que o professor não ofendeu a honra de Aras. A magistrada reforçou que "a liberdade de expressão e a imprensa livre são pilares de uma sociedade democrática, aberta e plural, estando quem exerce função pública exposto a publicações que citem seu nome, seja positiva ou negativamente".

A juíza também rejeitou outra queixa-crime apresentada por Aras contra Milton Blay, por um artigo publicado no site Brasil 247, intitulado "Aras e Bozo, irmãos siameses".