Allan dos Santos, do Terça Livre, na CPI das Fake News em 2019: “querem calar a direita”.
Allan dos Santos, do Terça Livre, na CPI das Fake News em 2019: “querem calar a direita”.| Foto: Agência Senado

O desembargador Mathias Coltro, do Tribunal de Justiça de São Paulo, determinou que o Google, proprietário do YouTube, reative os canais Terça Livre e Terça-Livre TV, pertencentes ao site do mesmo nome, conhecido pelo apoio ao presidente Jair Bolsonaro. A plataforma de vídeos havia desativado ambos os canais no começo de fevereiro.

De acordo com o site Congresso em Foco, o desembargador considerou que “a remoção das contas da agravante na plataforma YouTube se mostra desproporcional, violando a garantia constitucional da liberdade de expressão e de informação”, e que “a simples exclusão das contas se revela medida por demais drástica”.

A exclusão dos canais do Terça Livre provocou a reação de deputados alinhados ao governo. Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) buscou o procurador-geral da República, Augusto Aras, para falar sobre a defesa de liberdade de expressão, e Daniel Silveira (PSL-RJ) enviou projeto de lei que pune empresas de tecnologia que censurem usuários de mídias sociais. Silveira chegou a sugerir que, se aprovada, a lei se chame Allan dos Santos, em referência ao jornalista que é um dos responsáveis pelo Terça Livre.