Relator das ações no STF, Ricardo Lewandowski votou pela vacinação compulsória, mas não forçada.
Decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do STF, garantiu à defesa do ex-presidente Lula acesso à íntegra do material apreendido na Spoofing.| Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Sete procuradores da República, ex-integrantes e atuais membros da força-tarefa da Lava Jato, pediram na sexta (22), para ingressarem como assistentes de acusação na ação penal da Operação Spoofing - investigação que mira a ação de hackers que invadiram celulares de autoridades. O grupo que quer participar do processo que tramita junto à 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal inclui Januário Paludo, Laura Gonçalves Tessler Orlando Martello Júnior, Júlio Carlos Motta, Paulo Roberto Galvão de Carvalho, Athayde Ribeiro Costa e o ex-chefe da força-tarefa em Curitiba, Deltan Dallagnol.

O objetivo dos procuradores é recorrer da decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, que garantiu à defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acesso à íntegra do material apreendido na Spoofing. Segundo Lewandowski, os arquivos apreendidos no âmbito das investigações somam cerca de 7 TB de memória. Os procuradores também avaliam, se Lewandowski não revogar a autorização ao petista, pleitear que o caso seja submetido ao crivo do Plenário do Supremo. A premissa central da contraofensiva dos procuradores é que Lula não foi vítima dos hackers - o ex-presidente não teve seu celular bisbilhotado por Walter Delgatti Neto, o 'Vermelho', e seu grupo. Nessa linha, sustentam que o petista não teria legitimidade para conhecer o que há nos autos.