O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).| Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou nesta quarta-feira (19) que “o fato de hoje” mudou o entendimento do governo sobre aceitar a CPMI dos atos de 8 de janeiro. O fato ao qual o deputado fez referência foi o pedido de demissão do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, após a CNN Brasil divulgar imagens que mostravam sua atuação dentro do Planalto durante a invasão.

“Se o Pacheco ler o requerimento na quarta-feira [dia 26] e se tiver as assinaturas, nós vamos colaborar, vamos estar dentro”, afirmou o deputado. Guimarães ressaltou que se o colegiado for instalado o governo será o primeiro a indicar membros para compor a comissão. “Queremos apuração ampla, geral e irrestrita, doe em quem doer… Portanto, se o Congresso quiser instalar CPMI, estamos prontos para ajudar, inclusive para investigar”, disse.

“As apurações estão em pleno vapor e ninguém mais do que o governo, como disse o presidente Lula ao reunir os chefes dos Três Poderes, quer investigar doa a quem doer. Essa narrativa que eles [oposição] estão dizendo que o governo está por trás [dos atos de vandalismo], isso não cola… Foi o nosso governo que agiu, pediu celeridade [nas investigações]”, apontou Guimarães.

O líder do governo na Câmara questionou o vazamento das imagens que mostravam o ex-ministro do GSI e disse que a Polícia Federal deve investigar o caso. “Coitado do general [Gonçalves] Dias, estava cercado de pessoas do governo anterior que patrocinaram aquele episódio e deixaram que aquelas coisas acontecessem. è claro que a Polícia Federal tem que investigar [a divulgação das imagens], porque se o processo estava correndo sob sigilo de Justiça, porque divulgaram esse vídeo?”, questionou o deputado.