Ludhmila Hajjar - pazuello - governo
A médica cardiologista Ludhmila Hajjar é cotada para assumir o Ministério da Saúde no lugar de Eduardo Pazuello| Foto: Arquivo pessoal/Ludhmila Hajjar

A médica Ludhmila Hajjar vai recusar o suposto convite de Jair Bolsonaro para substituir Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde. De acordo com jornais, a cardiologista não teria chegado a consenso com o presidente sobre o posicionamento da pasta no combate à pandemia. Ao longo do domingo (14), a médica também passou a ser alvo nas redes sociais por bolsonaristas após declarações repercutirem nas redes sociais. A definição, no entanto, deve sair após uma nova reunião com o presidente que deve ocorrer até terça (16).

O nome de Ludhmila ganhou apoio de ministros, auxiliares de Bolsonaro e políticos, entre eles o do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. De acordo com a Folha, a médica tratou - além de Lira e Dias Toffoli - diversas autoridades contra a Covid-19: o procurador-geral da República, Augusto Aras, os ministros Fábio Faria (Comunicações) e Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), e os ex-presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre.

Um vídeo de uma live em que ela participa com a ex-presidente Dilma Rousseff também foi criticado por bolsonaristas. Em um trecho quando a petista a convida para uma outra live, ela responde "vamos embora, presidenta" e que aceitaria o convite. "Com o maior prazer, obrigado, presidenta", declarou Hajjar. Outra postagem mostra uma foto da cardiologista ao lado de Maia e Gilmar Mendes.

"Não tenho vínculo partidário. Não sou ligada politicamente a ninguém. Sou médica", declarou à Folha. A médica, que apoia o isolamento social, também já declarou ser defensora da vacinação urgente e participou de estudos que desmentiram a eficácia de alguns medicamentos contra a Covid-19.