Lula
Reunião foi remarcada para a tarde e pode discutir, ainda, articulação para tramitação da nova regra fiscal e falas de Lula sobre Sérgio Moro.| Foto: Sedat Suna/EFE

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) remarcou para às 15h a reunião que teria na manhã desta sexta (24) com ministros e líderes do governo no Congresso para discutir, entre outros assuntos, a crise envolvendo os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O encontro do chamado “conselho político” tinha sido desmarcado após o presidente ser aconselhado por médicos a permanecer em repouso por conta de uma pneumonia leve, diagnosticada na noite de quinta (23). Além da reunião, o governo também adiou o início da viagem de Lula à China, que estava prevista para sábado (25) e foi remarcada para domingo (26).

A reunião que está confirmada para esta tarde vai discutir os impactos que a crise entre Lira e Pacheco causa à governabilidade do país, já que pode interromper a tramitação de projetos importantes para o governo.

Na quinta (23), Lira reagiu à possibilidade do Congresso retomar a tramitação de medidas provisórias em comissões mistas e não mais começando pela Câmara dos Deputados, como ocorre desde o começo da pandemia da Covid-19. Pouco antes do presidente do Senado oficializar a volta do rito, disse que o governo, se apoiar essa mudança, pode ter projetos derrubados em plenário – afetando a governabilidade e exigindo maior articulação do próprio governo junto aos parlamentares.

A reunião ministerial desta sexta (24), que terá a presença do ministro Fernando Haddad, da Fazenda, também pode discutir a articulação política para o encaminhamento do projeto do novo arcabouço fiscal, que será fechado pelo governo após a volta da viagem à China e precisa ser encaminhado ao Congresso até 15 de abril, junto da proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024.

Espera-se, ainda, que os ministros discutam a recente fala de Lula sobre a operação da Polícia Federal que desbaratou um esquema criminoso para sequestrar o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), entre outras pessoas, e que o presidente afirmou que pode ter sido uma “armação” do parlamentar. Os ministros Flávio Dino, da Justiça, e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, estão confirmados para a reunião – a PF é subordinada a Dino.

Também estão confirmados para a reunião, às 15h no Palácio da Alvorada, o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral; Rui Costa, da Casa Civil; Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social; Jorge Messias, Advogado-Geral da União; Vinícius Carvalho, da Controladoria-Geral da União (CGU); Marco Aurélio, chefe do gabinete pessoal do presidente; e os líderes do governo no Congresso Nacional, Senador Randolfe Rodrigues; no Senado, Jaques Wagner, e na Câmara dos Deputados, Deputado José Guimarães.