Lula e diretora do FMI, Kristalina Georgieva, se encontraram durante a cúpula do G7, no Japão.
Lula e diretora do FMI, Kristalina Giorgieva, se encontraram durante a cúpula do G7, no Japão.| Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

O presidente Lula colocou sobre a mesa a complicada situação econômica que vive a Argentina, país para o qual pediu tratamento especial durante reunião que manteve neste sábado com a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, informaram fontes da Presidência. A Argentina, que deve cumprir com as exigências de um acordo assinado no ano passado com o FMI para refinanciar um empréstimo milionário concedido em 2018, atravessa uma complicada situação econômica marcada pela escassez de moeda internacional, desvalorização do peso e uma inflação galopante que se situa nos 108% no acumulado de 12 meses.

A situação argentina também foi abordada por Lula em sua primeira intervenção na cúpula do G7, na qual pediu à entidade financeira um tratamento especial para o país vizinho. “A dívida externa de muitos países, que o Brasil viveu no passado e hoje assola a Argentina, é causa de uma alarmante e crescente desigualdade e requer um tratamento do Fundo Monetário Internacional que considere as consequências sociais das políticas de ajuste [fiscal]”, disse.

De acordo com um breve comunicado da Presidência, a situação na Argentina foi discutida posteriormente, na reunião privada de Lula com a diretora do FMI, como um assunto necessário “para o equilíbrio regional dos países sul-americanos”, sem dar mais detalhes. Outro tema abordado no encontro foi o impacto da pandemia de Covid-19 nos países mais pobres. Tanto Lula quanto Georgieva concordaram com a necessidade de os sistemas financeiros das nações afetadas receberem recursos para ajudar em seu processo de recuperação.