rodolfo costa
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O atual diretor-executivo do Interlegis, Márcio Coimbra, foi eleito na última semana, por unanimidade, presidente da Fundação da Liberdade Econômica, centro de formação intelectual e de lideranças ligado ao PSC. Coimbra, que, até então, era Conselheiro da Fundação, assume um mandato de dois anos. Ele sucede Antônio Cabrera, ex-ministro da Agricultura do governo Collor.

Os planos do PSC passam por desenvolver pesquisa aplicada, formação programática e educação política para o exercício pleno da democracia. A aposta do partido em levá-lo para o comando da Fundação é atribuído nos bastidores à sua experiência como diretor corporativo da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o braço da política comercial do Itamaraty.

A cúpula da legenda entende que, apesar de sua breve passagem, marcada por conflitos internos do governo Bolsonaro entre os núcleos militar e ideológico, Coimbra exerceu uma gestão de qualidade, saneando as estruturas e o quadro de pessoal da Apex-Brasil, tendo preparado a agência para avançar de forma sustentada na atração de investimentos. No Senado, a análise é de que ele fez o mesmo durante a gestão do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), ampliando a atuação o atendimento da política local e o fortalecimento junto às bases dos parlamentares.

Procurado por Gazeta do Povo, Coimbra diz que planeja apostar em uma interlocução internacional, usando de sua experiência quando trabalhou com o ex-presidente espanhol José María Aznar e no Hayek Institute, instituto que leva o nome do pensador liberal e Nobel em economia Friedrich Heyek. "O diálogo internacional é fundamental para modernizar práticas e trocar experiências. Agora, o desafio da gestão na política se impõe diante de uma ampla estrutura para fortalecer a democracia brasileira", destaca.