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CPI da Covid

Moraes classifica como “grosseiro” ataque de Bolsonaro ao STF

Alexandre de Moraes autoriza inquérito para investigar se deputado preso desacatou policial
Alexandre de Moraes, ministro do STF (Foto: Humberto Pradera/MJC)

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou neste sábado (10) que a decisão individual do colega de Corte Luís Roberto Barroso, que mandou o Senado Federal abrir a CPI da Covid para investigar a gestão da pandemia pelo governo federal, foi tomada por "obrigação". Moraes também repreendeu os ataques ao colega, dirigidos por apoiadores do governo e pelo próprio presidente Jair Bolsonaro, que acusou Barroso de "militância política" e "politicalha".

"Decisões judiciais nós podemos discordar, criticar acidamente, recorrer. Agora uma decisão judicial fundamentada, pública, transparente, não cria o direito de ninguém ofender da forma que se ofendeu o ministro Luís Roberto Barroso", disse Moraes. "Lamentáveis as agressões, que acabaram se multiplicando por fanáticos milicianos digitais", acrescentou.

Enquanto Barroso tem evitado dar declarações públicas sobre o assunto, o Supremo Tribunal Federal divulgou na sexta-feira (9) uma nota institucional para defender a legalidade da decisão. Moraes disse que todos os integrantes do tribunal foram consultados sobre o texto e sublinhou que as relações harmônicas entre os Poderes exigem respeito.

"É lamentável a forma e o conteúdo das ofensas pessoais que foram dirigidas ao ministro Luís Roberto Barroso. É um conteúdo falso, absolutamente equivocado, mas a forma também, a forma grosseira, a forma descabida de relacionamento entre os Poderes" criticou. "Quem quer respeito deve respeitar também. O Supremo Tribunal Federal respeita o Poder Executivo, respeita o Poder Legislativo, e exige respeito de ambos."

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