
Ouça este conteúdo
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decretou nesta sexta-feira (6) a prisão preventiva de quatro investigados por atos de vandalismo ocorridos em Brasília no dia 12 de dezembro. Eles foram presos temporariamente pela Polícia Federal no último dia 29 durante a Operação Nero.
A prisão preventiva não tem prazo para terminar. A PF também busca identificar os financiadores das ações criminosas. Além dos quatro que já foram presos, outros sete investigados são considerados foragidos e tem mandados de prisão em aberto. A polícia verificou que a maioria dos investigados participava do acampamento em frente ao QG do Exército, em Brasília.
Os atos de vandalismo na capital federal ocorreram após a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), que participou de manifestações contra os resultados da eleições. A polícia já identificou cerca de 40 pessoas que teriam envolvimento nos atos de violência.
"De acordo com o ministro, os elementos de prova juntados aos autos indicam que os investigados ameaçaram o presidente da República recém-empossado e ministros do STF, de maneira organizada e coordenada, por meio de ataques à propriedade pública e privada, com o objetivo de impedir o regular exercício dos poderes constitucionais", disse a Corte, em nota.
Moraes considerou que existem indícios de materialidade e autoria dos crimes de dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.



