Sergio Moro, João Doria, Simone Tebet e Felipe D’Avila
Em nota conjunta, pré-candidatos à Presidência disseram que é preciso defender soberania nacional de maneira inequívoca| Foto: Agência Senado / Governo de SP / CLP

Os pré-candidatos à Presidência Sergio Moro (Podemos), João Doria (PSDB), Simone Tebet (MDB) e Felipe d’Avila (Novo) criticaram, nesta terça (1º), por meio de uma nota conjunta, a posição de neutralidade adotada pelo Brasil na guerra da Rússia contra a Ucrânia.

“A defesa da paz, soberania nacional e da legitimidade da ordem internacional sempre pautou a política externa brasileira. Quando esses princípios cardeais são violados, não há espaço para neutralidade. É preciso defendê-los de maneira inequívoca por meio de nossas escolhas e ações”, diz a nota, compartilhada por eles nas redes sociais.

Trata-se de uma crítica direta à decisão do presidente Jair Bolsonaro de não condenar expressamente o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de invadir e atacar a Ucrânia. Na nota, os pré-candidatos da chamada “terceira via” pedem que o governo brasileiro “se posicione, unindo-se às nações que defendem a soberania da Ucrânia e a solução pacífica do conflito”.

Leia a íntegra:

“A defesa da paz, soberania nacional e da legitimidade da ordem internacional sempre pautou a política externa brasileira. Quando esses princípios cardeais são violados, não há espaço p/ neutralidade. É preciso defendê-los de maneira inequívoca por meio de nossas escolhas e ações.

O ataque militar da Rússia à Ucrânia é uma tentativa condenável de mudar status quo da Europa por meio da força, estimula a retomada de uma corrida armamentista e coloca em risco a soberania de países que lutaram contra tiranias por liberdade e inserção na comunidade das nações

Portanto, nós, pré-candidatos à presidência da República, tornamos público o nosso repúdio à invasão da Ucrânia e oferecemos a nossa solidariedade ao povo ucraniano.

Pedimos à Rússia que retome o caminho da diplomacia para a restauração da paz

Pedimos ao governo brasileiro que se posicione, unindo-se às nações que defendem a soberania da Ucrânia e a solução pacífica do conflito.

Felipe d’Avila, João Doria, Sergio Moro e Simone Tebet”