Covid: sindicato orienta professores a não revelarem se receberam vacina
| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O decreto do governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), que institui um novo calendário de vacinação contra a Covid-19 no estado, entrou na mira do Ministério Público e da Defensoria Pública fluminenses. Os órgãos se uniram em uma ação conjunta para suspender a medida. O caso será analisado pelo Tribunal de Justiça do Rio.

Pelo cronograma, a imunização dos profissionais das forças de segurança e da educação deve começar ainda em abril, no mesmo período reservado aos idosos e, portanto, antes das pessoas com comorbidades. Na avaliação do MP e da Defensoria, a mudança nos grupos prioritários estabelecidos pelo governo federal "institucionalizou o fura fila". Os órgãos defendem o término da vacinação dos idosos, obedecida a ordem de faixa etária, da mais alta para a mais baixa, antes do avanço para outros grupos.

"O decreto estadual inverte, sem qualquer respaldo técnico e científico, a ordem de vacinação em território estadual", diz um trecho da ação. "O referido decreto institucionalizou o 'fura fila', passando categorias previstas no Plano Nacional de Imunização para momento posterior", acrescentam promotores e defensores.

O decreto em questão foi publicado no Diário Oficial do Estado na última terça-feira (30). Cláudio Castro disse que o objetivo da medida é alinhar as campanhas de vacinação no estado, evitando que as pessoas busquem imunização em outros municípios.