Procurador-geral da República, Augusto Aras.
Se a resolução já estivesse em vigor, o atual procurador-geral da República, Augusto Aras, não teria o poder de decidir pelo fim da força-tarefa da Lava Jato no Paraná.| Foto: Evaristo Sá/AFP

O Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) pode votar nesta sexta-feira (26), um projeto de resolução que tira do procurador-geral da República a palavra final sobre a criação e prorrogação de forças-tarefas no órgão. Se a resolução já estivesse em vigor, o atual procurador-geral da República, Augusto Aras, não teria o poder de decidir pelo fim da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, encerrada em fevereiro por decisão dele.

Isso porque a proposta transfere para o conselho a última palavra sobre a criação, o funcionamento e a prorrogação das forças-tarefas, prerrogativas que hoje são do procurador-geral. Aras é crítico do modelo de forças-tarefas. O projeto de resolução foi pautado a despeito da vontade de Aras - a reunião de amanhã foi convocada de forma extraordinária, a pedido de sete dos dez integrantes do Conselho Superior. Assinam a convocatória os subprocuradores-gerais José Adônis Callou, José Bonifácio Borges de Andrada, José Elaeres Marques Teixeira, Luiza Cristina Frischeisen, Maria Caetana Santos, Mario Bonsaglia e Nicolao Dino.