Pesquisadora Natalia Pasternak durante depoimento na CPI da Covid-19.
Pesquisadora Natalia Pasternak durante depoimento na CPI da Covid-19.| Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Ao falar sobre diversos estudos que comprovam a falta de efetividade da cloroquina no tratamento contra a Covid-19, a pesquisadora Natália Pasternak, microbiologista da Universidade de São Paulo, criticou a continuidade da discussão no Brasil, afirmando que país está, pelo menos, seis meses atrasado no debate de tratamentos contra a doença com relação ao resto do mundo.

Segundo ela, foram feitos testes exaustivos em animais e humanos que, por si só, já deveriam ter interrompido a discussão sobre o uso do remédio contra o coronavírus. “Não contentes com isso, a gente fez o estudo em humanos, inclusive de tratamento precoce, com o uso de PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) e PEP (Profilaxia Pós-Exposição).

“Não funcionou. Aqui no Brasil continuamos discutindo essa questão. Isso é negacionismo, senhores. Isso não é falta de informação. Negar a ciência e usar esse negacionismo em políticas públicas não é falta de informação. É uma mentira. E no caso triste do Brasil é uma mentira orquestrada pelo governo federal e pelo Ministério da Saúde. Essa mentira mata, porque ela leva pessoas a comportamentos irracionais que não são baseados em ciência. Isso serve também para o uso de máscaras e distanciamento social”, criticou.