Palácio do Planalto.
Palácio do Planalto.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os pastores Arilton Correia e Gilmar dos Santos, acusados de operar um “gabinete paralelo” e pedir propina em nome do Ministério da Educação, visitaram o Palácio do Planalto por 35 vezes entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2022, período que corresponde à quase totalidade do governo de Jair Bolsonaro (PL).

Os dados estão em reportagem da Folha de S. Paulo e foram tornados públicos pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do Planalto após o governo recuar do sigilo que havia imposto sobre a informação.

Moura e Santos estiveram em áreas do Planalto como o gabinete da Presidência da República e a Casa Civil. Eles se encontraram com integrantes do primeiro escalão do governo, como os ministros Augusto Heleno e Luiz Eduardo Ramos e também com Onyx Lorenzoni e Santos Cruz, que eram ministros à época. Não há comprovação de que eles tenham se reunido diretamente com Bolsonaro.

Os pastores são acusados de exigir propina em troca de liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) a prefeituras municipais. A influência deles foi comprovada em um áudio em que o então ministro da Educação, Milton Ribeiro, cita que tem como prioridade “atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar". Ribeiro deixou o Ministério com a escalada das acusações.