O chefe do Ministério Público Federal voltou a ser cobrado a investigar o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, por omissão na condução da crise sanitária.
O chefe do Ministério Público Federal voltou a ser cobrado a investigar o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, por omissão na condução da crise sanitária.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A nova escalada da pandemia da Covid-19 no Amazonas, que atingiu nesta semana um dos cenários mais críticos desde o início do surto da doença, promete aumentar a pressão sobre o procurador-geral da República, Augusto Aras. O chefe do Ministério Público Federal voltou a ser cobrado a investigar o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, por omissão na condução da crise sanitária. Nesta sexta-feira (15), duas representações contra Pazuello foram formalizadas na Procuradoria. Uma delas, de autoria do deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ), atribui ao general omissão deliberada no enfrentamento da pandemia. "É possível cogitar o dolo na conduta omissiva de Eduardo Pazuello, quando o mesmo deixou de adquirir oxigênio para os hospitais de Manaus, sabendo com antecedência da escassez do insumo", diz um trecho do documento.

A segunda representação é encabeçada pelo presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, e pede que o ministro da Saúde seja investigado por prevaricação e improbidade administrativa. A peça destaca que, como informou o procurador federal no Amazonas Igor da Silva Spíndola, Pazuello e sua equipe foram avisados de que faltaria oxigênio para atender os pacientes nos hospitais públicos de Manaus dias antes do colapso na capital amazonense. O ministro chegou a visitar a cidade na última segunda-feira (11). "Nenhuma medida preventiva foi adotada pelo Ministério da Saúde, permanecendo a pasta comandada pelo representado [Pazuello] inerte, aguardando o caos que era anunciado", critica a representação.