voto impresso - manifestações
Manifestação pró-Bolsonaro na Avenida Paulista.| Foto: BSM/Divulgação

A Polícia Federal está apurando se o Palácio do Planalto participou de alguma forma da organização e do financiamento das manifestações previstas para o dia 7 de setembro em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. A informação foi divulgada pela CNN Brasil, que teve acesso a dois depoimentos prestados à PF na sexta-feira (20) , no âmbito do inquérito que investiga a incitação de atos violentos contra a democracia. A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Marcos Antonio Pereira Gomes, caminhoneiro conhecido como Zé Trovão, que convocou manifestantes pró-Bolsonaro para os atos de 7 de setembro, foi questionado sobre encontros que teve com autoridades.

Durante viagem à Brasília, o caminhoneiro esteve com os ministros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno; do Turismo, Gilson Machado; e deputados federais. Zé Trovão disse à PF que os encontros com os ministros foram "casuais" e que esteve no Palácio do Planalto "tratar de assunto afeto à classe dos caminhoneiros".

O empresário Turíbio Torres, também foi alvo da operação, em seu depoimento e no de Zé Trovão, a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) é citada como possível financiadora dos atos. O presidente da Aprosoja, o produtor rural Antonio Galvan, prestou depoimento nesta segunda-feira (23) à PF.

O general Augusto Heleno afirmou à CNN que jamais conversou sobre paralisações e manifestações com caminhoneiros. Já o ministro do Turismo disse que se encontrou com alguns dos organizadores dos atos de maneira casual, enquanto almoçava em um restaurante em Brasília e atendeu aos pedidos deles para tirar fotos. Já a deputada Carla Zambelli, também citada pela PF nos questionamentos, afirmou que é divulgadora, e não organizadora das manifestações de 7 de setembro.