As queimadas foram registradas em setembro de 2019
As queimadas foram registradas em setembro de 2019| Foto: José Cruz/Agencia Brasil

Sem indiciar ou apontar culpados, a Polícia Federal concluiu neste mês o inquérito que apurava os incêndios registrados em setembro de 2019 em Alter do Chão (PA). Segundo a PF, as investigações não levaram à "definição significativamente clara de autoria" e tampouco apresentaram "elemento que comprove a ação de algum dos investigados" no caso. O relatório sigiloso chega a conclusões opostas ao inquérito conduzido pela Polícia Civil no ano passado, que indiciou e levou à prisão quatro brigadistas sem apresentar nenhum elemento de perícia, depoimento de testemunha ou imagens conclusivas sobre a autoria do grupo no suposto crime. A apuração da PF teve como ponto de partida a análise de imagens de satélite para localizar os pontos de incêndio e avaliar se as chamas de fato começaram na região conhecida como "Capadócia", alvo da investigação contra os brigadistas. As imagens, segundo a PF, identificaram que os dois locais originários do incêndio "se encontram fora da região e se situam a aproximados 4.6 km e 2.4 km distantes da hipotética área de início antes apontada por outros órgãos". A investigação também mirou suposta atuação de grileiros, tese aventada pelo MPF . No entanto, a PF também não localizou indícios de atuação de "loteamentos, grilagem ou quaisquer intenções de venda ou até mesmo de uso das referidas terras na região".