Além da hipótese da vacina falsa, a PF apura a possibilidade de que as doses tenham sido importadas ilegalmente ou desviadas do Ministério da Saúde.
Além da hipótese da vacina falsa, a PF apura a possibilidade de que as doses tenham sido importadas ilegalmente ou desviadas do Ministério da Saúde.| Foto: JONATHAN CAMPOS/AEN

A Polícia Federal desconfia de que as vacinas adquiridas por empresários mineiros na semana passada sejam falsas. Na tarde desta terça-feira (30), agentes cumpriram mandados de busca e apreensão na residência da enfermeira que teria aplicado o suposto imunizante em um grupo de 50 pessoas na garagem da empresa Saritur, de Robson e Rômulo Lessa. No local, a PF localizou diversas seringas, unidades de soro fisiológico e até um comprovante de vacinação de suposto imunizante da Pfizer, não disponível no país. O material será levado para perícia.

A enfermeira foi conduzida para a Superintendência da Polícia Federal para prestar depoimento e deve ser presa em flagrante. O filho dela também foi levado para interrogatório. Uma clínica em Belo Horizonte foi alvo de buscas da Polícia Federal. Segundo a PF, a enfermeira tem passagem por furto e teria comercializado doses para outras pessoas além dos empresários Robson e Rômulo Lessa.

Em depoimento prestado na segunda (29), a dupla admitiu ter obtido os supostos imunizantes de forma ilegal. Cada pessoa que recebeu a dose pagou R$ 600 pela suposta vacina. Além da hipótese da vacina falsa, a PF trabalha com as linhas de investigação que apuram se as doses foram importadas ilegalmente ou desviadas do Ministério da Saúde. O caso da vacinação às escondidas por empresários e políticos mineiros foi revelado pela revista piauí.