Polícia Federal
Investigações apontam que grupo extraia ouro e diamantes ilegalmente e exportava os metais para, pelo menos, 14 países.| Foto: Polícia Federal/divulgação

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quarta (26), 42 mandados de busca e apreensão e oito de prisão em seis estados do país compra um grupo suspeito de extração ilegal de diamantes brutos e ouro, encaminhando as pedras preciosas para comércio e exportação para países da América do Norte, Europa, Ásia e África.

Os mandados da Operação Itamarã são cumpridos nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais e São Paulo e no Distrito Federal. Além das ordens de busca e apreensão e de prisão, a Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 38 milhões dos investigados.

Segundo a PF, o grupo exportava ilegalmente as pedras preciosas para a China, Inglaterra, Bélgica, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Cingapura, França, Canadá, Gana, Namíbia, África do Sul, Espanha, Serra Leoa e Suíça. A polícia também descobriu uma estrutura de atuação em território nacional em vários estados.

As investigações começaram em 2020 a partir da prisão de um dos investigados tentando embarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos para Dubai com diamantes brutos sem documentação fiscal. Naquele mesmo ano, uma nova carga de barras de ouro foi interceptada pela Receita Federal no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte/Confins com destino aos Estados Unidos.

Também se descobriu outro investigado que foi detido quando tentava entrar nos Estados Unidos com cerca de 40 diamantes brutos.

A polícia apurou que o grupo utilizava empresas de fachada para emitir notas fiscais falsas e a “cooptação de empresas legítimas, devidamente regularizadas no Cadastro Nacional de Comércio de Diamantes Brutos (CNCD), para emissão de documentos falsos e viabilização da remessa das pedras ao exterior”, explica a autoridade.

Se comprovadas as investigações, os envolvidos vão responder por crimes contra o patrimônio na modalidade de usurpação; organização criminosa; importar ou exportar clandestinamente mercadoria que dependa de registro, análise ou autorização de órgão público competente; e receptação qualificada, entre outros.