O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI).
O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI).| Foto: Roque de Sá/Agência Senado.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (6) o arquivamento do inquérito que apura se o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), recebeu propina do grupo J&F. A manifestação, assinada pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, foi encaminhada à ministra Rosa Weber. O inquérito investiga se Ciro cometeu os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A manifestação da PGR contraria o entendimento da Polícia Federal sobre o caso. Há quase um mês, a PF afirmou que o ministro da Casa Civil recebeu propina do grupo J&F para levar o seu partido, o PP, a apoiar a candidatura da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) à reeleição em 2014. Para a Procuradoria, não há elementos que comprovem a atuação do senador.

"Não havendo a comprovação sobre a existência de eventual acerto da quantia de R$ 8 milhões com CIRO NOGUEIRA, em contrapartida ao adiamento de uma reunião partidária sobre o desembarque do PP do Governo DILMA, perde força a narrativa de que teria ocorrido um pagamento no valor de R$ 500 mil como parte do acerto financeiro supostamente feito quase um ano antes", disse a PGR.

No parecer, Lindôra ressaltou que todas as providências indicadas pela PGR e autorizadas pelo Supremo foram cumpridas no caso, "não havendo mais linha investigativa a se seguir, no ponto".