Agressão aos jornalistas ocorreu no momento em que tentavam entrevistar o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, no Itamaraty
Agressão aos jornalistas ocorreu no momento em que tentavam entrevistar o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, no Itamaraty| Foto: EFE/ André Coelho.

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, afirmou nesta sexta-feira (2/6) que a agressão de jornalistas durante uma coletiva com o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, ocorreu devido a uma falta de "treinamento e "preparação" dos agentes de segurança. Pimenta se reuniu com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Marcos Antônio Amaro, para tratar sobre o assunto, na última terça-feira (30/5).

Os seguranças do ditador queriam impedir a aproximação dos jornalistas e, na confusão, a repórter Delis Ortiz, da TV Globo, foi atingida por um integrante do GSI com um soco no peito. Outros profissionais também teriam sido agredidos. Após o episódio, o Itamaraty e a Secom lamentaram as agressões e se solidarizaram com os jornalistas.

De acordo com Pimenta, os agentes que atuavam naquele momento eram do Batalhão do Exército e que haviam sido requisitados pelo Ministério das Relações Exteriores. "Eu conversei com o [ministro do Gabinete de Segurança Institucional] general Amaro e ele me disse que parte daqueles jovens que estavam lá trabalhando era de jovens do batalhão do Exército que o Itamaraty pediu que fossem trabalhar no apoio. E eu percebi que não houve, talvez, inclusive, um treinamento, preparação", afirmou o ministro.

O chefe da Secom acrescentou que pretende criar um ambiente para juntar agentes de segurança e jornalistas "não só para demonstrar nosso apreço pela imprensa", mas para que eles passem a enxergar jornalistas como alguém que cumpre "papel fundamental para a democracia".