O motim durou 14 dias e foi encerrada com um acordo que não previa anistia aos envolvidos.
O motim durou 14 dias e foi encerrada com um acordo que não previa anistia aos envolvidos.| Foto: Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará

Um tenente da Polícia Militar do Ceará afirmou que superiores hierárquicos facilitaram o motim realizado em fevereiro de 2020. O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou nesta segunda-feira (26) três tenentes-coronéis. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo. A greve durou 14 dias e foi encerrada com um acordo que não previa anistia aos envolvidos.

Em delação, o tenente Pedro Henrique de Sousa Moura, apontado como um dos líderes da ocupação do 18° Batalhão da Polícia Militar, em Fortaleza, apontou que os tenentes-coronéis oficiais Francisco Alexandre Rodrigues de Souza, Gerlúcio Henrique Vieira e João Wilson Elias Xavier não agiram para impedir a invasão quartel.

Os policiais alegavam que o motim foi realizado para reivindicar melhores salários. Porém, durante a greve, policiais encapuzados invadiram instalações militares, depredaram viaturas e impediram o trabalho dos PMs que não aderiram ao movimento.

No período, o Ceará sofreu com uma escalada de violência, foram registrados 321 homicídios no estado. O Exército e a Força Nacional de Segurança foram acionados para conter a violência.