Um dos integrantes do primeiro escalão do grupo foi preso em um hotel de luxo na cidade de Gramado (RS).
Um dos integrantes do primeiro escalão do grupo foi preso em um hotel de luxo na cidade de Gramado (RS).| Foto: Polícia Federal/Divulgação

A Polícia Federal, com apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), realizou nesta quinta-feira (25) uma operação contra membros de uma das principais milícias que atuam na zona oeste da capital e na baixada fluminense. Entre as oito pessoas presas no início da manhã está Geovane da Silva Mota, vulgo GG, integrante do primeiro escalão do grupo, que foi detido em um hotel de luxo na cidade de Gramado (RS). Cerca de 120 policiais federais cumprem 23 mandados de prisão temporária e 16 mandados de busca e apreensão na região.

Segundo a PF, durante as investigações foi possível constatar intensa articulação e planejamento minucioso para prática de homicídios de inúmeros membros de milícia rival, entre outras vítimas. Os suspeitos são investigados por organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, além de extorsão e corrupção.

“As investigações revelaram um esquema de extorsão, posse e porte de armas de fogo de uso permitido e de uso restrito (fuzis), comércio ilegal de armas de fogo, corrupção ativa de agentes das Forças de Segurança, além de diversos homicídios, que são incessantemente planejados e executados pelos milicianos em face de criminosos rivais, que integram a milícia comandada por Danilo Dias, conhecido como “Tandera”, diz o MPRJ em nota.

Segundo o órgão, os elementos de prova arrecadados até o momento evidenciam uma matança generalizada que é fomentada pela organização, que tem como pilar para o seu funcionamento e manutenção a destruição dos integrantes da milícia rival e de quaisquer pessoas que possam auxiliar os seus inimigos, ou prejudicar o andamento de suas atividades criminosas.

A investigação ainda revelou que há criminosos destacados exclusivamente para fazer, de forma incessante, o levantamento de dados pessoais e a vigilância dos alvos que devem ser “abatidos”. A quadrilha também pratica extorsões de forma reiterada, cobrando pelo pagamento de “taxas” de comerciantes e prestadores de serviço trabalham nas áreas controladas pela milícia, independentemente da capacidade financeira dos trabalhadores.