Ex-doleira Nelma Kodama foi presa em abril deste ano, em um hotel de luxo de Lisboa, em Portugal, suspeita de integrar uma quadrilha que atua no tráfico internacional de drogas.
Ex-doleira Nelma Kodama foi presa em abril deste ano, em um hotel de luxo de Lisboa, em Portugal, suspeita de integrar uma quadrilha que atua no tráfico internacional de drogas.| Foto: Jonathan Campos / Gazeta do Povo / Arquivo

A ex-doleira Nelma Kodama deve retornar ao Brasil nesta quinta-feira (20) e se apresentar à Justiça. Primeira presa na Operação Lava Jato, em 2014, Kodama foi detida novamente em abril deste ano, em um hotel de luxo de Lisboa, em Portugal, suspeita de integrar uma quadrilha que atua no tráfico internacional de drogas. Ela é uma das investigadas na operação que apura o envio de cocaína para a Europa escondida na fuselagem de jatos executivos de uma empresa de táxi aéreo.

Em nota, a defesa de Nelma Kodama afirma que ela renunciou à continuidade do processo de defesa contra a extradição, com a intenção de se apresentar e colaborar com a Justiça brasileira. “Esse é um passo importante para a apuração e esclarecimento dos fatos”, afirma o advogado Santiago Andre Schunck. “Dessa forma, ficará mais fácil comprovar que ela não tem ligação com o tráfico internacional de drogas.”

A operação da Polícia Federal, batizada de Descobrimento, cumpriu 43 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão preventiva nos estados da Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Rondônia e Pernambuco. Em Portugal, a polícia portuguesa cumpriu outros três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva nas cidades do Porto e Braga.

Segundo a PF, as investigações começaram em fevereiro de 2021, após um jato executivo pertencente a uma empresa portuguesa de táxi aéreo pousar no aeroporto internacional de Salvador (BA) para abastecimento. Durante inspeção, os policiais encontraram aproximadamente 595 kg de cocaína escondidos na fuselagem da aeronave.