Coronavac, imunizante produzido pelo instituto Butantan
Coronavac, imunizante produzido pelo instituto Butantan| Foto: Fabiano Sabino/Prefeitura de Porto Real

O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (10) que o Brasil não deve comprar doses da Coronavac para o Plano Nacional de Imunização (PNI) contra à Covid-19 em 2022. A medida já havia sido anunciada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

“Queiroga parece que não vai comprar mais a Coronavac, se não me engano. Acho que está nessa linha. Porque tem a validade, segundo ele me disse, em torno de seis meses. Quem já foi vacinado há mais de seis meses o cartão de vacina tá irregular. A demagogia do cartão de vacina”, afirmou Bolsonaro.

Nas justificativas, o Ministério da Saúde alegou que o imunizante produzido pelo instituto Butantan apresenta "baixa efetividade entre idosos acima de 80 anos". Além disso, alegou que a vacina ainda não tem registro definitivo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e não é indicada como dose de reforço.

De acordo com Bolsonaro, o Ministério da Ciência e Tecnologia, chefiado por Marcos Pontes, está coordenando o desenvolvimento de 15 novas vacinas contra o coronavírus. “Tem o Marcos Pontes que está desenvolvendo, acho, 15 novas vacinas. Tecnologia nossa. Vamos, infelizmente, ter que conviver com o coronavírus a vida toda”, completou.

Neste domingo, Marcos Pontes criticou o corte de quase R$ 700 milhões no orçamento da pasta para o financiamento de pesquisas. "Falta de consideração. Os cortes de recursos sobre o pequeno orçamento de Ciência do Brasil são equivocados e ilógicos. Ainda mais quando são feitos sem ouvir a Comunidade. Científica e Setor Produtivo. Isso precisa ser corrigido urgentemente", escreveu o ministro.