Vacina da AstraZeneca
Vacina da AstraZeneca já é aplicada no país| Foto: Américo Antonio/SESA

O presidente da Davati, Herman Cardenas, afirmou em entrevista à Folha publicada nesta quinta-feira (15) que a empresa não tinha intenção de vender vacinas ao governo brasileiro, mas atuar como facilitadora. A negociação é alvo da CPI da Covid no Senado.

Na entrevista, o dono da empresa diz que não tinha as 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca. "Nossa intenção nunca foi vender as vacinas, mas apresentar as partes porque a Davati não tem as vacinas da Covid. Não tínhamos a garantia que conseguiríamos oferecer as 400 milhões de doses da vacina", afirmou, ao citar o representante no Brasil Cristiano Carvalho que será ouvido nesta quinta pela comissão.

O presidente da Davati disse ainda que o objetivo "foi ser uma facilitadora entre o governo e esse grupo que tinha alocação da AstraZeneca, para que eles entrassem em negociação", mas não informou o valor. Ele negou ter conhecimento de pedido de propina ou comissão durante a negociação.

Já a AstraZeneca afirmou, em nota, que "não disponibiliza a vacina por meio do mercado privado ou
trabalha com qualquer intermediário no Brasil" e ressaltou que a negociação ocorre via Fiocruz e governo federal.