Eleito procurador-chefe no Sergipe, Ramiro Rockenback enviou ofício à atual procuradora-geral, Raquel Dodge, informando que desistiria do cargo. Ele também informou que o sub dele, Flávio Pereira de Matias, desistiu de assumir a função.
Eleito procurador-chefe no Sergipe, Ramiro Rockenback enviou ofício à atual procuradora-geral, Raquel Dodge, informando que desistiria do cargo. Ele também avisou que o sub dele, Flávio Pereira de Matias, desistiu de assumir a função.| Foto: Pixabay

Nesta sexta-feira (6), dois procuradores da República em Sergipe desistiram de assumir cargos de comando no Ministério Público Federal (MPF) por conta da decisão do presidente Jair Bolsonaro de indicar Augusto Aras para a Procuradoria-Geral da República (PGR). Eleito procurador-chefe no estado, Ramiro Rockenback enviou um ofício à atual procuradora-geral, Raquel Dodge, informando que desistiria do cargo porque Bolsonaro não seguiu a lista tríplice indicada pela categoria. No mesmo ofício, avisou que o sub dele, Flávio Pereira de Matias, também desistiu de assumir a função. "Um PGR indicado assim, independentemente de quem seja, com todo o respeito, não tem legitimidade para comandar o MPF e, como penso, não deve ter colaboração para isso, mas sim, resistência, altiva e republicana", afirmou Rockenback no ofício, segundo publicou o G1. Em nota pública divulgada nesta quinta-feira (5), a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) pediu que todos os procuradores do país recusassem eventuais convites para assumir cargos na PGR, caso o procurador-geral escolhido por Bolsonaro não fosse um dos três indicados pela entidade. A indicação de Aras agora precisa ser aprovada pelo Senado Federal.