rodolfo costa
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O PSL quer concluir a expulsão de deputados antes das eleições da Câmara, previstas para 2 de fevereiro. Dos 20 parlamentares acusados de infidelidade partidária, pelo menos cinco podem ser expulsos antes do pleito. A cúpula do partido, que apoia a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP), diz que essa seria uma forma de marcar posição contra "bolsonaristas" reincidentes, que apoiarão o adversário, Arthur Lira (PP-AL).

A ideia do partido é analisar os processos a toque de caixa, mas, nos bastidores, interlocutores dizem à Gazeta do Povo que a intenção não é expulsar todos os 20 deputados — dos quais 17 já estão suspensos. Tampouco é certo que todos os processos estarão analisados antes das eleições. Os que não forem expulsos antes do pleito poderão sofrer a sanção após o fim da disputa pelo comando da Câmara.

A expulsão de deputados antes das eleições não os impede de votar na eleição. Afinal, a votação da Mesa Diretora é uma atividade parlamentar, não partidária.

O Conselho de Ética vai se reunir na quarta-feira (13), às 9h, para receber as respectivas representações. Após isso, notificará os 20 parlamentares, que terão um prazo de até cinco dias corridos para apresentar as respectivas defesas ao colegiado. "Apenas após essa etapa será proferido um parecer pelo colegiado, que ainda precisará ser referendada pela Executiva Nacional e, posteriormente, pelo diretório nacional do PSL", explica um comunicado do partido.