Randolfe Rodrigues
Líder do governo no Congresso minimizou mudanças feitas pelos deputados nas atribuições dos ministérios do Meio Ambiente e Povos Indígenas.| Foto: Pedro França/Agência Senado

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), minimizou a crise na área ambiental enfrentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde a semana passada com as ministras Marina Silva, do Meio Ambiente, e Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas. De acordo que ele, há apenas uma “ansiedade” da população por conta das mudanças aprovadas em comissão pelos deputados.

As mudanças na estrutura das pastas levou a uma reunião de Lula com as ministras na última sexta (26) e a um evento de confraternização no fim de semana no Palácio da Alvorada, em que o presidente tenta encontrar uma saída para não esvaziar o poder dos ministérios. Randolfe diz que houve um “superdimensionamento da crise”.

“há uma uma ansiedade de parte da sociedade brasileira de restaurar o protagonismo da agenda ambiental e de defender e proteger os direitos dos povos originários. É normal isso. Mas o próprio presidente disse: esse jogo está só começando”, disse o senador à Veja neste domingo (28).

Randolfe descartou, ainda, qualquer possibilidade de Marina deixar o governo por conta do esvaziamento do poder do ministério, como ocorreu durante o governo Lula no passado. E também do próprio embate entre os dois, que o levou a pedir desfiliação do partido Rede Sustentabilidade após o Ibama negar o licenciamento da perfuração de um poço de extração de petróleo na foz do rio Amazonas pela Petrobras.

“Não foi nem cogitado. Eu estou muito seguro que o presente e o futuro não repetirão o passado”, concluiu.