Intervalo poderia garantir uma produção em larga escalada da vacina e desafogar os serviços de saúde.
Intervalo poderia garantir uma produção em larga escalada da vacina e desafogar os serviços de saúde.| Foto: Nelson Almeida/AFP

A vacinação contra a Covid-19 ainda não começou no Brasil, mas o governo de São Paulo já discute a possibilidade de ampliar a aplicação da primeira dose da Coronavac em todo o estado e postergar o uso da segunda dose da vacina. A discussão sobre a hipótese já acontece no Centro de Contingência do Coronavírus, órgão criado pelo governo paulista que reúne especialistas do setor público e privado do País, de acordo com informações da Folha de S.Paulo. Para determinar a eficácia da estratégia, será necessário verificar a eficiência da vacina em um intervalo de 14 dias entre as duas doses para avaliar a resposta imunológica contra o coronavírus. Os especialistas acreditam que, caso a cobertura da Coronavac seja eficiente o suficiente, o intervalo maior entre uma aplicação e outra poderia dar tempo para uma produção em grande escala da vacina chinesa, ao mesmo tempo que o curto período de imunização poderia desafogar os serviços de saúde. A ideia, entretanto, não tem agradado todos os especialistas. O receio é de que a mudança cause ainda mais atraso para o registro do produto no País, pois o estudo da Anvisa para a autorização de uso engloba informações técnicas de voluntários que tomaram as duas doses previstas inicialmente.