Sem consenso, policiais militares do Ceará avançam para 12º dia de motim
| Foto: Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará

Após quatro reuniões na sede do Ministério Público do Ceará, a comissão formada pelos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Estado, além de representantes dos policiais militares, não entrou em acordo para pôr fim à paralisação de PMs, que seguem amotinados no 18º Batalhão, em Fortaleza, há 11 dias. Segundo a comissão, para dar continuidade às negociações, os PMs exigiram a presença do ex-deputado federal Cabo Sabino e da líder das mulheres dos policiais, identificada como Nina, que participam do movimento, na roda de negociações. O pedido foi negado por unanimidade. De acordo com o procurador-geral de Justiça cearense, Manuel Pinheiro, a justificativa é de que o ex-parlamentar tem mandado de prisão em aberto por ter liderado os motins. "Nós, dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário não nos sentimos à vontade de sentar à mesa com uma pessoa nesta condição", afirmou. Um dos pontos discutidos na reunião foi a anistia dos PMs que participam dos motins. Pinheiro esclareceu que a comissão não tem o poder de decidir por anistia criminal, mas sim pela anistia administrativa, que também foi negada. Cada agente responderá apenas pelo crime que cometeu.