MST
Líder do MST, João Pedro Stédile teria dito nas redes sociais que o movimento faria “mil e uma formas” de pressionar pela reforma agrária.| Foto: Joedson Alves/EFE

O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, é alvo de uma notícia-crime protocolada nesta quarta (26) por ter incitado a invasão de propriedades rurais no país em vídeos publicados nas redes sociais.

De acordo com o pedido feito pelo deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) à Procuradoria-Geral de Justiça do Estado de São Paulo, Stédile teria falado em um deles que o movimento faria “muitas manifestações em defesa da reforma agrária” em todos os estados, adotando as “mil e uma formas de pressionar” pela desapropriação de propriedades.

Em outra gravação, Stédile teria dito que as invasões ocorreriam não apenas no mês de abril, em que o MST reforça as invasões, mas ao longo do ano. “Vai acontecer, não só em abril”, disse. No começo do mês, foram invadidas propriedades em 18 estados segundo informou o próprio movimento.

“Chama atenção o fato do líder do MST usar de sua liderança social para incitar o cometimento de crimes em todo o país, o que de fato vem ocorrendo. A invasão de terras, além de ser crime, traz grandes prejuízos econômicos para o país”, disse Deltan no pedido.

A notícia-crime pede que o Ministério Público investigue o líder do MST e as invasões e tome providências para a dissolução dos acampamentos. Dallagnol pede, ainda, que seja avaliada a necessidade de prisão de Stédile e outras lideranças do movimento que incitem a prática de crimes.

No começo desta semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que deve pautar para os próximos dias a criação de uma CPI para apurar as invasões de propriedades pelo MST desde o começo do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Pelo menos 32 áreas já foram invadidas no período, sendo as últimas três propriedades no estado da Bahia no final de semana.

O ofício de autoria de Dallagnol é apoiado pelos deputados Evair Vieira de Melo (PP-ES), Maurício Marcon (Podemos-RS), Adriana Ventura (Novo-SP), Luiz Lima (PL-RJ), Dr. Frederico (Patriota-MG), Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-SP), Alfredo Gaspar (União-AL) e Kim Kataguiri (União-SP).