O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, determinou a suspensão da ação penal contra o ex-presidente Michel Temer (MDB) por suposta lavagem de dinheiro na reforma da casa de sua filha, Maristela, que teria sido bancada por João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, e sua mulher Maria Rita Fratezi. A decisão acolhe pedido de habeas corpus da defesa do ex-presidente, e prevê que a ação seja paralisada até que a Quinta Turma do STJ analise a possibilidade de reunião desse processo com outro, que tramita na justiça federal de Brasília. Ao decidir pela suspensão, o presidente do tribunal constatou que, caso o curso da ação por lavagem de dinheiro seja mantido na justiça federal paulista, os prejuízos para a defesa do réu "poderão ser graves e irreversíveis". Segundo a Procuradoria da República, a reforma custou R$ 1,6 milhão, conforme a denúncia fruto de pagamento de propinas e desvios nas obras da usina nuclear de Angra 3, no Rio (já alvo de duas acusações formais contra Temer pela Lava Jato do Rio).