Procurador-geral Augusto Aras tem feito críticas à atuação da força-tarefa da Lava Jato.
Procurador-geral da República, Augusto Aras.| Foto: Roberto Jayme/TSE

Um grupo de 29 subprocuradores-gerais da República emitiu um manifesto nesta sexta-feira (6) para cobrar que o Procurador-geral da República, Augusto Aras, não assista "passivamente aos estarrecedores ataques" do presidente Jair Bolsonaro contra o Judiciário e o sistema eleitoral. Na nota, eles se posicionam contra o que chamam de "ameaças de ruptura institucional e de desrespeito aos Poderes constituídos e a seus integrantes".

Os subprocuradores ocupam o último degrau da carreira do Ministério Público Federal (MPF), comandado por Aras. A iniciativa também reafirma a segurança das urnas eletrônicas "auditáveis em todas as etapas do processo eleitoral".

A manifestação ocorre em meio aos constantes ataques do chefe do Executivo ao sistema eleitoral do país e a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro chegou a dizer na quinta-feira (5) que poderia agir "fora da Constituição" para conter o que chamou de "ditadura da toga".

"O regime democrático não tolera ameaças vindas de integrantes de Poderes, consistindo em crime de responsabilidade usar de ameaça para constranger juiz a proferir ou deixar de proferir despacho, sentença ou voto, ou a fazer ou deixar de fazer ato do seu ofício", dizem os subprocuradores.