Augusto Aras
O procurador-geral da República, Augusto Aras.| Foto: Evartisto Sa/AFP

Diante da repercussão gerada pelo comportamento do presidente Jair Bolsonaro que, orientado a ficar em isolamento até refazer testes para o coronavírus, participou neste domingo (15) de ato favorável ao seu governo e crítico ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal, a Procuradoria-Geral da República divulgou nota nesta segunda (16) afirmando que o Ministério Público Federal "não é um poder político", mas "um órgão autônomo e independente", e que todas as representações protocoladas sobre o caso serão devidamente analisadas. A presença de Bolsonaro na Esplanada dos Ministérios durante a manifestação gerou reação de parlamentares, entre os quais os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que falaram em "atentado à saúde pública" e em comportamento "inconsequente". Em contrapartida, o MPF indicou que o procurador-geral da República, Augusto Aras, não "adianta posicionamento e não faz juízo de valor em ambientes de opinião pública". Além disso, a Procuradoria destacou que "atua de forma técnica, em respeito à Constituição Federal e às leis, defendendo a estabilidade das instituições de Estado, fundamentais para a segurança e a economia do país"