Alexandre do Moraes é o novo relator do inquérito que investiga Bolsonaro por suposta interferência na Polícia Federal.
No início do mês, Moraes prorrogou por mais 90 dias o inquérito das fake news.| Foto: Divulgação/STF

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atendeu a um pedido formulado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e compartilhou com a Corte Suprema as ações que miram na campanha do presidente Jair Bolsonaro e o seu vice, Hamilton Mourão, em 2018. As provas colhidas nos processos devem ser avaliadas no inquérito que miram disseminação de fake news contra os ministros do Supremo. O pedido foi feito por Moraes na semana passada e atendido pelo TSE. O compartilhamento das ações que investigam a chapa Bolsonaro/Mourão foi motivado pela suspeita de que o modo de funcionamento dos disparos em massa seja semelhante ao usado nos ataques dirigidos ao Supremo nas redes sociais, objeto do inquérito das fake news.

"Diversas empresas foram oficiadas nestes autos para prestar informações a respeito de sua atuação no disparo em massa de mensagens pagas apoiadores políticos dos então candidatos à eleição de 2018, não sendo a simples resposta de ofícios suficiente à apuração suficiente da existência ou não de ilegalidade", escreveu Moraes em despacho na semana passada e tornado público na sexta-feira, dia 30. No início do mês, Moraes prorrogou por mais 90 dias o inquérito das fake news. Além da sobrevida, o ministro pediu ao TSE e ao Tribunal de Contas da União (TCU) que façam levantamentos para verificar se candidatos, partidos ou órgãos públicos pagaram empresas investigadas nos processos eleitorais.