A equipe de transição de Lula defende nova campanha de vacinação imediata da população contra Covid-19.
A vacina contra a Covid-19 será incorporada ao Programa Nacional de Imunização (PNI) e deverá ser anual para grupos prioritários.| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A nova secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, afirmou que a vacina contra a Covid-19 será incorporada ao Programa Nacional de Imunização (PNI) e deverá ser anual para grupos prioritários. As declarações foram feitas para a Folha de S.Paulo. Maciel foi anunciada para comandar a secretaria na segunda-feira (2) por Nísia Trindade, que assume o Ministério da Saúde.

Segundo Maciel, os imunizantes contra o coronavírus deverão ser aplicados a partir de abril nos mesmos grupos prioritários que receberão a vacina anual contra a gripe, incluindo idosos, imunossuprimidos e profissionais da área da saúde. No governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a vacina contra a Covid-19 não fazia parte do PNI. "Agora, efetivamente, a Covid entra no nosso Departamento de Imunização. O ministério acabou de receber uma compra grande de doses que, a princípio, daria para cobrir esses grupos prioritários", afirmou a nova secretária à Folha.

"Agora, efetivamente, a Covid entra no nosso Departamento de Imunização. O ministério acabou de receber uma compra grande de doses que, a princípio, daria para cobrir esses grupos prioritários", afirmou a nova secretária à Folha.

Nesta quarta-feira (4) em publicação no Twitter, Maciel afirmou que vacina é uma estratégia coletiva e que é preciso um maior número de pessoas vacinadas em todos os lugares. “Vacina não é remédio. Vacinação é estratégia coletiva. Se você comprar e se vacinar e todo seu entorno não vacinar, o vírus pode fazer uma mutação e sua vacina não servir para nada. Dinheiro jogado fora”, escreveu.

“Nossa briga deve ser acesso universal as vacinas e não "eu tenho dinheiro e posso pagar para me salvar”. Ninguém se salva sozinho se não salvar todos. Essa é a lição do vírus, ou entendemos, ou afundamos juntos”, publicou a secretária.