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Adeus ao papa

Câmara aprova voto de pesar pela morte do papa Francisco

Plenário da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (22). (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

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A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (22) um voto de pesar pela morte do papa Francisco, em sessão do plenário. A homenagem foi feita por meio de seis requerimentos apresentados por parlamentares de diferentes partidos, da esquerda à direita, em reconhecimento à trajetória do pontífice argentino.

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Além de decretar luto oficial de sete dias, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), destacou que o papa Francisco foi um dos poucos líderes que o marcaram, especialmente por ser o "primeiro jesuíta e o primeiro latino a ocupar o posto mais alto da Igreja". "Para mim, o que mais marcou sua passagem foram as transformações que ele promoveu. Francisco foi o símbolo do diálogo, do acolhimento, da compreensão e, principalmente, da inclusão", disse Motta.

Na sessão, o presidente da Frente Parlamentar Católica, deputado Luiz Gastão (PSD-CE), um dos autores do voto de pesar, afirmou que o pontífice foi defensor dos marginalizados e a “expressão viva da misericórdia que não contradiz a verdade”.

"Homem de oração e de gestos marcantes, Francisco compreendeu que a autoridade reside na coerência de uma vida ofertada. Seu pontificado, marcado por um zelo incansável pelos pobres, pelos descartados, pelos menores – ícones do próprio Cristo sofredor", declarou.

Para o líder do PSB na Câmara, deputado Pedro Campos (PE), a moção aprovada traduz “nossa fé e esperança de que o exemplo de Francisco continue nos inspirando a buscar a paz, a unidade, a conciliação entre os povos”.

O deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) também apresentou requerimento de pesar, reforçando o reconhecimento coletivo da Casa à contribuição de Francisco para a fé cristã e para causas humanitárias em todo o mundo.

Homenagens ao papa

Francisco também foi lembrado por sua coerência com o exemplo de São Francisco de Assis, como destacou o deputado Chico Alencar (Psol-RJ). “Visitou favelas, abraçou refugiados, dialogou com os movimentos populares e enfrentou com coragem as estruturas que geram exclusão”, afirmou.

O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) reforçou o papel do papa na cena internacional, especialmente por sua atuação no restabelecimento das relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba. Gayer também destacou o compromisso de Francisco com os migrantes, considerando sua proteção um “dever de civilização”.

Já o deputado Danilo Forte (União-CE) apontou Francisco como “uma liderança espiritual singular”, cuja missão foi marcada pela dedicação aos pobres, à dignidade humana e à paz. “Ele nos ensinou que a verdadeira força da fé está na humildade, na escuta e na prática do amor ao próximo”, declarou.

“Defendeu o amor contra o ódio, inclusão e integração contra a discriminação. Esse é o legado do primeiro pontífice latino‑americano, que tem o respeito de todos aqueles que lutam por um mundo mais justo”, declarou o deputado Guilherme Boulos (Psol-SP), conforme informações da Agência Câmara.

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