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Queima de fogos na praia de Copacabana, Réveillon no Rio de Janeiro, em 2019.
Queima de fogos na praia de Copacabana, Réveillon no Rio de Janeiro, em 2019.| Foto: Gabriel Monteiro/Secom/Agência Brasil.

As prefeituras de pelo menos 21 capitais brasileiras anunciaram o cancelamento total ou parcial das festas de réveillon deste ano devido a pandemia de Covid-19. A principal preocupação das autoridades municipais é conter aglomerações devido ao temor e a insegurança causados pela nova variante ômicron. Até o momento, o Ministério da Saúde confirmou seis casos da variante no Brasil.

As capitais que anunciaram o cancelamento de eventos, até o momento são: Aracaju, Belém, Brasília, Campo Grande, Cuiabá, Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa, Maceió, Manaus, Natal, Palmas, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, São Luís e Vitória.

Florianópolis e Recife decidiram suspender os shows e manter apenas a queima de fogos. Belo Horizonte, Curitiba e Teresina já não costumavam realizar eventos para comemorar o Ano Novo. Ainda planejam seguir com a programação de eventos: Porto Velho e Boa Vista. Macapá, Rio Branco e Goiânia ainda não definiram se manterão as festas.

Neste sábado (4), o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), informou o cancelamento da festa de Ano Novo na capital fluminense devido ao avanço da variante ômicron da Covid-19. Porém, depois do anúncio do prefeito, o governador Cláudio Castro (PL) afirmou que a decisão sobre o réveillon ainda estava sendo discutida. Ainda há incerteza sobre a realização do carnaval no próximo ano no Rio.

"Nós vamos seguir planejando o carnaval. Receio com a pandemia temos o dia inteiro, a pandemia está ai, ela não acabou. Mas, está muito cedo para tomar qualquer decisão. Por enquanto, escolas de samba, planejem seu carnaval, continuem se organizando. Se Deus quiser, vamos ter a festa", disse Paes nesta tarde.

Enquanto a capital fluminense mantém os preparativos, duas outras capitais já anunciaram que não terão carnaval: Campo Grande e Teresina. Em Salvador, o prefeito Bruno Reis (DEM) cancelou a festa de Ano Novo e apontou que o momento não é para "correr risco", diante do cenário de insegurança com avanço da nova variante.

O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), afirmou que iria cancelar o réveillon "atendendo às recomendações da Ciência e da Medicina". Assim também fez, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que seguiu a recomendação de um estudo da vigilância sanitária para cancelar as festividades.

No dia 30 de novembro, os primeiro casos da nova variante no país foram detectados em passageiros vindos da África do Sul, que desembarcaram no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). "É importante enfatizar que não é por conta de ter sido detectado algo grave, mas é necessário que se faça um monitoramento, e o prazo ficaria muito curto", ressaltou Nunes na quinta-feira (2).

A prefeitura de João Pessoa afirmou que "a decisão foi tomada com o intuito de evitar aglomerações e a circulação de novas variantes da Covid-19, mesmo com o avanço da vacinação na capital". O prefeito de São Luís, Eduardo Braide, usou as redes sociais para falar sobre o cancelamento.

"Temos enfrentado a pandemia com determinação. Com isso, diante do surgimento da nova variante do coronavírus, tomei a decisão de não realizarmos o Réveillon em São Luís. O momento nos pede prudência e responsabilidade. A nossa principal missão é cuidar das pessoas", afirmou Braide.

Pandemia e nova variante no Brasil

O Ministério da Saúde confirmou seis casos da variante ômicron da Covid-19 no país – três em São Paulo, dois no Distrito Federal, e um no Rio Grande do Sul. São quatro homens e duas mulher, todos vacinados contra a Covid. Eles estão isolados e pelo menos um apresenta sintomas leves. A maioria está assintomática.

As autoridades de saúde seguem monitorando as pessoas que tiveram contato com quem recebeu o diagnóstico positivo de Covid-19 causada pela ômicron. Até este sábado (4), a pasta informou que outros nove casos estão em investigação, seis no DF e três no Rio Grande do Sul.

O Brasil registrou 8.838 novos casos de Covid-19, segundo o boletim do Ministério da Saúde deste sábado. Desde o início da pandemia no país, foram contabilizados 22.138.247 pessoas infectadas pela doença. A pasta também notificou 170 mortes causadas pelo coronavírus nas últimas 24 horas, totalizando 615.570.

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